quinta-feira, fevereiro 16, 2006

BEM-VINDO AO ÚLTIMO NÍVEL

No mês passado, falei acerca dos níveis de interacção com o sexo feminino e prometi desvendar alguns truques que permitem a um homem desenvolver e aprofundar a intimidade com uma mulher, no intuito de obter dela o seu curação (ups, gralha tipográfica, peço mil perdões).

São quatro os níveis de interacção que formam a hierarquia do relacionamento interpessoal de cariz amoroso, a saber: nível 0 ou Ausência de Contacto, nível 1 ou Contacto Visual, nível 2 ou Contacto Verbal e nível 3 ou Contacto Físico. Parece simples? E é. Ademais, a movimentada vida moderna obriga a tantos contactos diários que basta a um gajo aproveitar as oportunidades que surgem espontaneamente nos meios que frequenta para chegar facilmente ao Contacto Verbal com grande parte das raparigas que diariamente cruzam a sua vida. Depois, qualquer tipo com um mínimo de inteligência, sensibilidade e – muito importante! – sentido de humor consegue dominar o 2.º nível. A grande dificuldade no relacionamento interpessoal surge em atingir o 3.º e último nível. Desengane-se já se pensa que essa fase é dispensável para engatar uma mulher. Esqueça esses romances da treta à la Cyrano de Bergerac. O melhor paleio do mundo não leva um homem longe com o género feminino se ele não souber falar a linguagem muda do Tacto. Estou farto de ver relações de sedução encalhar porque os intervenientes são incapazes de ascender ao nível de Contacto Físico (soa-lhe familiar, amigo Joãozinho?). Como superar, então, este obstáculo?

Atentemos no género feminino. Neste capítulo, temos muito a aprender com as mulheres, pois elas têm uma sensibilidade e uma fluência inatas para a linguagem do Tacto. Qualquer rapariga sabe bem como pousar com naturalidade as suas mãozinhas marotas no corpo do gajo – ou gajos – que a atrai. Tudo começa com um simples toque durante uma conversa descontraída. Se ela sente retribuição, rapidamente os toques se tornam mais insistentes e provocantes, e qualquer desculpa é válida para estabelecer o contacto físico: ajeitar peças de vestuário, ensaiar leituras da palma da mão, provocar guerras de cócegas, vale tudo. Quando esses toques descomprometidos se tornam mais íntimos, como um apertar mais demorado sob o pretexto de aquecer um par de mãos frias, ou um encostar de cabeça num ombro carinhoso, está já o caldinho todo feito. Pronto para papar.

É verdade que certas manobras são inocentes, mas um homem é parvo se não aprender com elas. Eu habituei-me a cumprimentar uma mulher – independentemente de a conhecer (ou sentir atracção por ela) ou não – pousando-lhe sempre uma mão nas costas, na cintura ou num braço. Não falha. Para estabelecer o contacto físico logo desde o primeiro momento – e preparar o caminho para uma eventual subida de nível. O truque está todo numa imposição gradual da minha pessoa no espaço pessoal da mulher que almejo. E, neste aspecto, as Danças de Salão são uma tremenda ajuda. O facto de dançar há vários anos (e ter aprendido a fazer massagens) deu-me grande à-vontade a lidar com o corpo feminino. Que eu uso em proveito próprio sempre que entendo. Mas não desanime se não sabe dançar! Saiba o prezado leitor que o exercício físico de um modo geral é excelente para estabelecer uma ligação física entre os praticantes. Uma mulher que sue consigo a fazer desporto é uma mulher que está mais perto de suar consigo noutros desportos, percebe?

Mas aconselho-o a avançar por etapas. Por exemplo, antes de arriscar dar a mão à menina, comece por lhe oferecer primeiro o braço. Do mesmo modo, evite saltar logo de chapa para o beijo. Invista tempo a acariciar o cabelo da menina. Verá que não se arrepende. E, antes de apontar à boca, beije o pescoço. Além de averiguar da receptividade da rapariga em causa, estas manobras de aproximação gradual servem para preparar o terreno e aumentar o desejo. É só vantagens.

Mas se nada disto resultar, também tem bom remédio: embebede-se com ela. Nada como uma pequena percentagem de álcool no sangue para se perderem algumas inibições. Força nisso!

6 Comentário(s):

A domingo, 28 maio, 2006, Blogger Sandra Pereira comentou:

Onde é que eu já vi isto a acontecer hein???
Demasiado cliché...

 
A quarta-feira, 31 maio, 2006, Anonymous Anónimo comentou:

Ena, só bons conselhos.... Com tanta sapiência junta na mma cabeça, seria de supor que estivesses cheio de namoradas...... ou talvez não.....
Não há sapiência que valha mais que respeito...

E também tens jeito para ficção cientifica?

Se houvesse um método para engate, já estava num livro. Pessoas não são livros, são completamente distintas, rebeldes, COM SENTIMENTOS, e devem-se respeitar acima de tudo.

 
A sexta-feira, 02 junho, 2006, Blogger Jacaré Voador comentou:

Pois claro. É a pensar assim que um gajo acaba por nunca comer nada.

Respeito? Sentimentos?

E punheta, caro amigo, sabe o que é, não sabe? Claro que sabe! Pelos vistos, é diplomado nisso...

E, para finalizar, desengane-se se pensa que não há livros sobre o assunto. É claro que há. Aliás, se procurar na Internet encontra logo livros e sites às pazadas dedicados ao assunto. E, já agora, dê uma olhada. Pode ser que aprenda alguma coisa útil.

 
A quarta-feira, 02 agosto, 2006, Anonymous Anónimo comentou:

Cara Flanders (reparei agora que podes ser do género masculino, mas para tornar isto mais interessante, do meu ponto de vista claro).

Não sei se vais ler isto ou não, mas informo-te que, de uma forma ou outra, lá no fundo, somos todos iguais.

Temos os mesmos desejos básicos, o mesmo conjunto de emoções, as mesmas aspirações e os mesmos mecanismos de interacção connosco e com os outros.

Se não acreditas, podes acabar de ler este comentário agora mesmo. Mas se fores suficientemente ousada para te perguntares: “poderá ser que ele tenha razão?” – então continua.

Se estás a ler isto, então tens aqui a tua primeira prova. Usei a tua curiosidade para te levar a continuar a “ouvir” alguém que tem um opinião diferente da tua. Claro que isto resultou porque tu falaste primeiro e eu ouvi. Ouvi que tinhas uma opinião, que és uma pessoa forte, com sentimentos seguros acerca disto e que és suficientemente forte para deixares um comentário num blog que até se dedica a algo que tu nem acreditas. E neste momento já estamos a falar de ti, do que tu és, em que crês, do que corre no que de mais profundo há em ti, já fizemos uma ponte, já criámos um elo e se fores uma pessoa que goste de se conhecer a si própria, vais continuar a ouvir-me.

Continuas comigo? Nem que seja só para ver onde isto vai dar? Lembra-te que podes desistir a qualquer momento. Mas não creio que o faças, não serias tu se o fizesses, desistir não é contigo. Ora continuemos então. Então se as pessoas podem ter coisas em comum, sentir coisas parecidas, reagir de forma aproximada, segue-se que se podem desenvolver técnicas para manipular/aproveitar essas afinidades.

E de facto, assim é. Embora pessoalmente cada indivíduo seja um universo diferente do outro, somos suficientemente parecidos para conseguir funcionar em sociedade, o que significa que conseguimos comunicar. E se conseguimos comunicar, conseguimos interagir mutuamente. Então, tens de admitir, uma pessoa é capaz de influenciar o que a outra pensa, faz ou … sente.

Enfim, resumindo, com o devido treino e capacidade de observação, garanto-te que existem métodos/TÉCNICAS (mesmo que de engate) capazes de nos manipular (os psiquiatras usam-nas, os negociadores profissionais usam-nas, os negociadores de reféns usam-nas). Como tudo na vida, elas podem ser usadas para o bem ou para o mal … mas isso é outra história.

Tens contudo razão numa coisa, não se deve brincar gratuitamente com os sentimentos dos outros.

 
A terça-feira, 08 agosto, 2006, Blogger Jacaré Voador comentou:

Para sua informação, caro Akira, saiba que Rhiakath Flandres é justamente um gajo.

Tendo isto em mente, e sabendo ademais que o tal gajo é um calmeirão alto e encorpado, de queixada proeminente, cabelo comprido e amante de Heavy Metal, deixe-me dizer-lhe que é precisamente este equívoco, contrariamente ao que você pensava, que torna o seu comentário muito mais interessante (e risível). Mas talvez não do seu ponto de vista, claro.

 
A quinta-feira, 10 agosto, 2006, Anonymous Anónimo comentou:

Mas que ganda mamada que vai para aqui...Tss tss.
Converseta de gaijos...Ouçam mas é as gaijas pá!!
Deixem-se de lamechices. Isso é pa nós as gaijas.
Agarrem os vossos "cohones" e afirmem-se carago!

 

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