quinta-feira, julho 29, 2004

IMPLICÂNCIA

Comentário a propósito d’ “O Jogo Das Escondidas,” entrada de sexta-feira, 16 de Julho:
epá .. tudo isto parece dar muito trabalho.. que aconteceu ao ‘ir para os bares tentar embebedar uma gaja?’.
Leitor identificado

Comentário a propósito de “Bendita Genética,” de quinta-feira, 22 de Julho, n’ “A Goela”:
dude .. se só te mexes por gajas .. tens realmente um problema geez
O mesmo gajo

Caro amigo, você anda a fazer de propósito para ser chato e cabeçudo, não anda? Diga lá a verdade: é por ser eu, não é? Confesse que ainda está ressentido por eu lhe ter chamado “nerd dos computadores” no outro dia. Deixe lá isso! Releve, que a vida é curta e não vale a pena chatearmo-nos por tão pouco. E acredite que não o disse com má intenção – até os nerds dos computadores fazem falta no mundo! Nem que seja para fazer outros cromos rir.

Então, vamos lá a isto. O meu amigo precisa de ter mais atenção. N’ “O Jogo Das Escondidas,” eu começo precisamente por ressalvar que “... caso queira algo mais que apenas uma gaja em quem dar uns amassos e passar uma noite tórrida.” Naturalmente, isto põe de parte engatar em bares. Pensei que, de tão óbvio, não fosse necessário referi-lo textualmente. Não quer dizer que não se possa encontrar uma ou outra gaja porreira em bares. O que acontece é que é muito mais certo encontrar alguém que partilhe os seus interesses noutros ambientes, nomeadamente em cursos.

Se dá “muito trabalho”?! É suposto dar trabalho! Ou você pensa que as raparigas que realmente valem a pena existem para aí ao pontapé? Que, a cada dois passos que se dá, se tropeça numa, não? Desiluda-se, homem! É preciso penar para encontrar uma rapariga de jeito! Elas são raras, e é por isso que são tão valiosas. Mas lembre-se que se ama mais o que se conquistou com esforço.

Mudando de assunto, que parte de “Bendita genética, que me criou com o gosto pela Dança...” é que você não entende? Eu não me “mexo só por gajas.” Se eu danço, é porque, acima de tudo, gosto de o fazer. Porque me dá prazer. É apenas uma feliz coincidência interessar-me por algo que as raparigas na sua esmagadora maioria também gostam. E, já agora, também lhe digo que ninguém se mexe por gajas. Por outras palavras, ninguém se sujeita a actividades que não gosta movido apenas pelo objectivo de engatar. Ou, pelo menos, não se sujeita por muito tempo. Conheço, por exemplo, quem tenha ido a um ou outro funeral levado apenas pela possibilidade de engatar uma menina chorosa com necessidade de consolo. Mas os funerais são ambientes tristes e deprimentes e, como não dão prazer, ninguém se dedica a isso por sistema. A menos, claro, que retire disso algum gozo (hmmm... olha que ideia mais twisted para uma BD!...).

Para acabar, deixo-lhe um conselho de amigo: antes de tentar entalar um Jacaré velho e rodado, convém certificar-se que está bem seguro do seu próprio jogo. Caso contrário, arrisca-se a passar vergonha devido à sua própria jactância (e ignorância). Não terei qualquer problema em dar-lhe razão no dia em que, com uma argumentação elucidada e bem construída, me fizer ver que estou errado. Mas o meu amigo vai ter que abrir bem os olhos e livrar-se de muito preconceitos dessa sua cabecinha, se algum dia quiser levar a melhor sobre alguém minimamente inteligente e informado. Não basta ser chato e cabeçudo.

Seja como for, muito obrigado por me fornecer tanto material para “O Jacaré Responde”. É simpático da sua parte. Keep‘em coming!

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