terça-feira, agosto 28, 2007

EL CALAMAR Y SUS MUCHACHAS

Depois de dizer adeus aos meus queridos chequinhos no Aeroporto de Lisboa, dou por oficialmente terminada a edição deste ano do FoIkFaro. Durante cerca de uma semana, estive em Faro, Algarve, a trabalhar no Festival Internacional de Danças FoIcIóricas de Faro, evento organizado pelo Grupo FoIcIórico de Faro. Este acontecimento anual (já na sua quinta edição) promove o encontro entre grupos de dança folclórica de diversos países, fomentando o intercâmbio cultural e estimulando a animação nas ruas da capital algarvia (mais informações em www.foIkfaro.com). Durante o evento, integrei o grupo de guias responsável pela recepção e acompanhamento da delegação da República Checa, representada pelo Grupo FoIcIórico DyIeň, de KarIovy Vary.

Ao chegar a Faro de mochila às costas, há pouco mais de uma semana atrás, não conhecia ninguém à excepção do grande Flogger, que foi quem me engajou para o evento. Mas cedo me entrosei na equipa. Graças à minha incansável genica, contagiante boa disposição e cativante charme (fruto de uma experiência de 10 anos como monitor e animador de colónias de férias), rapidamente granjeei enorme simpatia no seio do grupo checo e um pouco mais além. Também as minhas prestações como dançarino não passaram desapercebidas e logo o Pombo me alcunhou de “Calamar,” por ser todo tentáculos, enquanto aviava menina após menina na pista de dança. E com que frequência era interpelado por desconhecidos (especialmente meninas do grupo da Costa Rica) que me tratavam pelo nome e muito me elogiavam como dançarino, pedindo que lhes ensinasse “aquela dança africana, la que tu bailas muy bien” – a kizomba. A fama foi tanta que, na noite de karaoke, houve quem jurasse, ainda antes de me ouvir cantar, que eu era excelente cantor! E o grupo “Calamar y sus Muchachas” animou a festa, enquanto massacrava alegremente melodias pela noite adentro. Como não podia deixar de ser, fui crismado de “gigolo” pelas chequinhas, se bem que todas adorassem a atenção que eu lhes dispensava. E quisessem mais.

Em especial a provocante Punk Queen. Votada entre as hordas masculinas como uma das mais belas – e mais apetecidas – meninas da zona, em toda a pujança da sua fresca idade (e, ainda por cima, com duas boas razões para se gostar dela: a da esquerda e a da direita), era a mim que ela devotava os seus olhares mais intensos. E, apesar de não falar inglês, o seu corpo coleante provou-me pela universal linguagem da dança quão forte era o seu desejo, num fluente reggaeton. Infelizmente para ela, sou um Jacaré comprometido e a minha religião não acredita na infidelidade. Portanto, perante a minha passividade frente à sua disponibilidade, a frustrada rapariga teve que se contentar com caça menor que, diga-se de passagem, não teve qualquer dificuldade em encontrar.

Se me senti tentado? CLARO QUE SIM! Como todos os homens, também eu penso com a pila. Porém, não deixo que seja (apenas) ela a tomar as minhas decisões. Não acredito na desculpa do “aconteceu.” Se as coisas acontecem, é porque alguém permite que aconteçam. O descontrolo é tão-somente o reflexo de uma vontade fraca, que cede aos impulsos animais. E não me lixem com a desculpa de que um homem não pode lutar contra sua natureza biológica de “espalhar a semente”. É claro que pode. Um Homem só prova ser verdadeiramente digno desse nome quando se revela superior aos seus instintos mais básicos. Caso contrário, não passa de um animal.

Eu acredito que no amor vale tudo – desde que todos os envolvidos conheçam e aceitem as regras do jogo. Se um gajo quer andar a saltar de cama em cama sem qualquer compromisso, só tem que o assumir. Há para aí tanta gaja disposta a alinhar nessa onda (e em coisas muito mais esquisitas) que não vale a pena enganar ninguém para ser feliz. Eu gabo-me de nunca ter traído qualquer namorada, independentemente de estar mais ou menos apaixonado. Faço-o por uma questão de princípio, mas essencialmente por preguiça: enganar dá demasiado trabalho. Além disso, adoro falar de alto, sem que ninguém me possa apontar o dedo. Nem sequer eu mesmo.

1 Comentário(s):

A domingo, 25 novembro, 2007, Anonymous Anónimo comentou:

C A L A M A A A A A A A A R!!!!!!
Eheheheheh :)

 

Enviar um comentário

<< A Goela